O Portal da Grande Teresina

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

HINO NACIONAL BRASILEIRO



Hino Nacional Brasileiro


Letra: Joaquim Osório Duque Estrada, 1909

Composição: Francisco Manuel da Silva, 1822

Adotado em 1831 durante o Brasil Império e em 1890 no Brasil República



O Hino Nacional Brasileiro tem letra de Joaquim Osório Duque Estrada (1870 - 1927) e música de Francisco Manuel da Silva (1795 - 1865). Foi adquirida por 5:000$ cinco contos de réis a propriedade plena e definitiva da letra do hino pelo decreto n.º 4.559 de 21 de agosto de 1922 [1] pelo então presidente Epitácio Pessoa e oficializado pela lei n.º 5.700, de 1 de setembro de 1971, publicada no Diário Oficial (suplemento) de 2 de setembro de 1971.

Hino executado em continência à Bandeira Nacional e ao presidente da República, ao Congresso Nacional e ao Supremo Tribunal Federal, assim como em outros casos determinados pelos regulamentos de continência ou cortesia internacional. Sua execução é permitida ainda na abertura de sessões cívicas, nas cerimônias religiosas de caráter patriótico e antes de eventos esportivos internacionais.

A partir de 22 de setembro de 2009, o hino nacional brasileiro tornou-se obrigatório em escolas públicas e particulares de todo o país. Ao menos uma vez por semana todos os alunos do ensino fundamental devem cantá-lo.[2]

História


Joaquim Osório Duque Estrada, autor da letra do hino nacional brasileiro



.

Francisco Manuel da Silva, autor da música do hino nacional brasileiro.

A música do hino é de Francisco Manuel da Silva e foi inicialmente composta para banda. Em 1831, tornou-se popular com versos que comemoravam a abdicação de Dom Pedro I. Posteriormente, à época da coroação de Dom Pedro II, sua letra foi trocada e a composição, devido a sua popularidade, passou a ser considerada como o hino nacional brasileiro, embora não tenha sido oficializada como tal. Após a proclamação da República os governantes abriram um concurso para a oficialização de um novo hino, ganho por Leopoldo Miguez. Entretanto, com as manifestações populares contrárias à adoção do novo hino, o presidente da República, Deodoro da Fonseca, oficializou como Hino Nacional Brasileiro a composição de Francisco Manuel da Silva, estabelecendo que a composição de Leopoldo Miguez seria o Hino da Proclamação da República. Durante o centenário da Proclamação da Independência, em 1922, finalmente a letra escrita pelo poeta e jornalista Joaquim Osório Duque Estrada tornou-se oficial. A orquestração do hino é de Antônio Assis Republicano e sua instrumentação para banda é do tenente Antônio Pinto Júnior. A adaptação vocal foi feita por Alberto Nepomuceno e é proibida a execução de quaisquer outros arranjos vocais ou artístico-instrumentais do hino.

Composição





Dom Pedro I compondo o Hino Nacional (hoje Hino da Independência), em 1822.

A música do Hino Nacional do Brasil foi composta em 1822, por Francisco Manuel da Silva, chamada inicialmente de "Marcha Triunfal" para comemorar a Independência do país. Essa música tornou-se bastante popular durante os anos seguintes, e recebeu duas letras. A primeira letra, produzida quando Dom Pedro I abdicou do trono, foi de autoria de Ovídio Saraiva de Carvalho e Silva, sendo cantada pela primeira vez, juntamente com a execução do hino, no cais do Largo do Paço (ex-Cais Pharoux, atual Praça 15 de Novembro, no Rio de Janeiro), a 13 de abril de 1831, em desacato ao ex-imperador que embarcava para Portugal. A letra dizia o seguinte:

Os bronzes da tirania

Já no Brasil não rouquejam;

Os monstros que o escravizavam

Já entre nós não vicejam.



(estribilho)

Da Pátria o grito

Eis que se desata

Desde o Amazonas

Até o Prata



Ferrões e grilhões e forcas

D'antemão se preparavam;

Mil planos de proscrição

As mãos dos monstros gizavam

O hino passou assim a se chamar "Hino ao 7 de abril" em alusão à abdicação de Dom Pedro I. Já a segunda letra, na época da coroação de Dom Pedro II, de autoria desconhecida, dizia:

Negar de Pedro as virtudes

Seu talento escurecer

É negar como é sublime

Da bela aurora, o romper

Durante o segundo reinado, o hino nacional era executado nas solenidades oficiais em que participasse o imperador, sem qualquer canção.

Após a Proclamação da República em 1889, um concurso foi realizado para escolher um novo Hino Nacional. A música vencedora, entretanto, foi hostilizada pelo público e pelo próprio Marechal Deodoro da Fonseca. Esta composição ("Liberdade, liberdade! Abre as asas sobre nós!...") seria oficializada como Hino da Proclamação da República do Brasil, e a música original, de Francisco Manuel da Silva, continuou como hino oficial. Somente em 1906 foi realizado um novo concurso para a escolha da melhor letra que se adaptasse ao hino, e o poema declarado vencedor foi o de Joaquim Osório Duque Estrada, em 1909, que foi oficializado por Decreto do Presidente Epitácio Pessoa em 1922 e permanece até hoje.

Legislação

De acordo com o Capítulo V da Lei 5.700 (01/09/1971), que trata dos símbolos nacionais, durante a execução do Hino Nacional, todos devem tomar atitude de respeito, de pé e em silêncio. Civis do sexo masculino com a cabeça descoberta e os militares em continência, segundo os regulamentos das respectivas corporações. Além disso, é vedada qualquer outra forma de saudação (gestual ou vocal como, por exemplo, aplausos, gritos de ordem ou manifestações ostensivas do gênero, sendo estas desrespeitosas ou não).

Segundo a Seção II da mesma lei, execuções simplesmente instrumentais devem ser tocadas sem repetição e execuções vocais devem sempre apresentar as duas partes do poema cantadas em uníssono. Portanto, em caso de execução instrumental prevista no cerimonial, não se deve acompanhar a execução cantando, deve-se manter, conforme descrito acima, silêncio.

Em caso de cerimônia em que se tenha que executar um hino nacional estrangeiro, este deve, por cortesia, preceder o Hino Nacional Brasileiro.

Letras

Hino Nacional Brasileiro





I

Ouviram do Ipiranga as margens plácidas

De um povo heroico o brado retumbante,

E o sol da Liberdade, em raios fúlgidos,

Brilhou no céu da Pátria nesse instante.



Se o penhor dessa igualdade

Conseguimos conquistar com braço forte,

Em teu seio, ó Liberdade,

Desafia o nosso peito a própria morte!



Ó Pátria amada,

Idolatrada,

Salve! Salve!



Brasil, um sonho intenso, um raio vívido,

De amor e de esperança à terra desce,

Se em teu formoso céu, risonho e límpido,

A imagem do Cruzeiro resplandece.



Gigante pela própria natureza,

És belo, és forte, impávido colosso,

E o teu futuro espelha essa grandeza.



Terra adorada

Entre outras mil

És tu, Brasil,

Ó Pátria amada!



Dos filhos deste solo

És mãe gentil,

Pátria amada,

Brasil! II

Deitado eternamente em berço esplêndido,

Ao som do mar e à luz do céu profundo,

Fulguras, ó Brasil, florão da América,

Iluminado ao sol do Novo Mundo!



Do que a terra mais garrida

Teus risonhos, lindos campos têm mais flores,

"Nossos bosques têm mais vida",

"Nossa vida" no teu seio "mais amores". (*)



Ó Pátria amada,

Idolatrada,

Salve! Salve!



Brasil, de amor eterno seja símbolo

O lábaro que ostentas estrelado,

E diga o verde-louro dessa flâmula

- Paz no futuro e glória no passado.



Mas se ergues da justiça a clava forte,

Verás que um filho teu não foge à luta,

Nem teme, quem te adora, a própria morte.



Terra adorada

Entre outras mil

És tu, Brasil,

Ó Pátria amada!



Dos filhos deste solo

És mãe gentil,

Pátria amada,

Brasil!

(*) As passagens com o asterisco foram extrações feitas pelos compositores do poema Canção do Exílio, de Gonçalves Dias (por isso aparecem corretamente em aspas).

Versão em Tupi

Embora o tupi não tenha status oficial no país, muitas tribos indígenas brasileiras o falam como língua materna.

Hino Nacional Brasileiro em Língua portuguesa

Primeira Parte

Ouviram do Ipiranga as margens plácidas

De um povo heroico o brado retumbante,

E o sol da Liberdade, em raios fúlgidos,

Brilhou no céu da Pátria nesse instante.



Se o penhor dessa igualdade

Conseguimos conquistar com braço forte,

Em teu seio, ó Liberdade,

Desafia o nosso peito a própria morte!



Ó Pátria amada,

Idolatrada,

Salve! Salve!



Brasil, um sonho intenso, um raio vívido,

De amor e de esperança à terra desce,

Se em teu formoso céu, risonho e límpido,

A imagem do Cruzeiro resplandece.



Gigante pela própria natureza,

És belo, és forte, impávido colosso,

E o teu futuro espelha essa grandeza.



Terra adorada

Entre outras mil

És tu, Brasil,

Ó Pátria amada!



Dos filhos deste solo

És mãe gentil,

Pátria amada,

Brasil!



Hino Nacional Brasileiro em Em Língua tupi

Embeyba Ypiranga sui, pitúua,

Ocendu kirimbáua sacemossú

Cuaracy picirungára, cendyua,

Retama yuakaupé, berabussú.



Cepy quá iauessáua sui ramé,

Itayiuá irumo, iraporepy,

Mumutara sáua, ne pyá upé,

I manossáua oiko iané cepy.



Iassalssú ndê,

Oh moetéua

Auê, Auê !



Brasil ker pi upé, cuaracyáua,

Caissú í saarússáua sui ouié,

Marecê, ne yuakaupé, poranga.

Ocenipuca Curussa iepé !



Turussú reikô, ara rupí, teen,

Ndê poranga, i santáua, ticikyié

Ndê cury quá mbaé-ussú omeen.



Yby moetéua,

Ndê remundú,

Reikô Brasil,

Ndê, iyaissú !



Mira quá yuy sui sy catú,

Ndê, ixaissú, Brasil!

Segunda Parte

Deitado eternamente em berço esplêndido,

Ao som do mar e à luz do céu profundo,

Fulguras, ó Brasil, florão da América,

Iluminado ao sol do Novo Mundo!



Do que a terra mais garrida

Teus risonhos, lindos campos têm mais flores,

"Nossos bosques têm mais vida",

"Nossa vida" no teu seio "mais amores". (*)



Ó Pátria amada,

Idolatrada,

Salve! Salve!



Brasil, de amor eterno seja símbolo

O lábaro que ostentas estrelado,

E diga o verde-louro dessa flâmula

- Paz no futuro e glória no passado.



Mas se ergues da justiça a clava forte,

Verás que um filho teu não foge à luta,

Nem teme, quem te adora, a própria morte.



Terra adorada

Entre outras mil

És tu, Brasil,

Ó Pátria amada!



Dos filhos deste solo

És mãe gentil,

Pátria amada,

Brasil!

Hino Nacional Brasileiro em Em Língua tupi

Ienotyua catú pupé reicô,

Memê, paráteapú, quá ara upé,

Ndê recendy, potyr America sui.

I Cuaracy omucendy iané !

Inti orecó purangáua pyré

Ndê nhu soryssára omeen potyra pyré,

ìCicué pyré orecó iané caaussúî.

Iané cicué, ìndê pyá upé, saissú pyréî.

Iassalsú ndê,

Oh moetéua

Auê, Auê !

Brasil, ndê pana iacy-tatá-uára

Toicô rangáua quá caissú retê,

I quá-pana iakyra-tauá tonhee

Cuire catuana, ieorobiára kuecê.

Supí tacape repuama remé

Ne mira apgáua omaramunhã,

Iamoetê ndê, inti iacekyé.


Yby moetéua,

Ndê remundú,

Reicô Brasil,

Ndê, iyaissú !

Mira quá yuy sui sy catú,

Ndê, ixaissú,

Brasil!

Letra da Introdução

A parte instrumental da introdução do Hino Nacional Brasileiro possuía uma letra, que acabou excluída da sua versão oficial do hino. Essa letra é atribuída a Américo de Moura, natural de Pindamonhangaba, presidente da província do Rio de Janeiro nos anos de 1879 e 1880. Em 17 de novembro de 2009, o cantor Eliezer Setton lançou um CD, intitulado "Hinos à Paisana", das quais uma das faixas é do Hino Nacional Brasileiro com essa introdução cantada.

A letra da introdução é a seguinte:

Letra da introdução do Hino Nacional Brasileiro

Espera o Brasil que todos cumprais com o vosso dever

Eia! avante, brasileiros! Sempre avante

Gravai com buril nos pátrios anais o vosso poder

Eia! avante, brasileiros! Sempre avante

Servi o Brasil sem esmorecer, com ânimo audaz

Cumpri o dever na guerra e na paz

À sombra da lei, à brisa gentil

O lábaro erguei do belo Brasil

Eia sus*, oh sus![5]

A palavra "sus" é uma interjeição que vem do latim sus: "de baixo para cima"; que chama à motivação: erga-se!, ânimo!, coragem! Neste contexto é sinônimo de "em frente, avante".[6]

Significado

Eis o significado dos termos usados na letra do Hino:

• Margens plácidas - "Plácida" significa serena. Calma.

• Ipiranga - É o riacho junto ao qual D. Pedro I teria proclamado a independência.

• Brado retumbante - Grito forte que provoca eco.

• Penhor - Usado de maneira metafórica(figurada). "penhor desta igualdade" é a garantia, a segurança de que haverá liberdade.

• Imagem do Cruzeiro resplandece - O "Cruzeiro" é a constelação do Cruzeiro do Sul que resplandece (brilha) no céu.

• Impávido colosso - "Colosso" é o nome de uma estátua de enormes dimensões. Estar "impávido" é estar tranqüilo, calmo.

• Mãe gentil - A "mãe gentil" é a pátria. Um país que ama e defende seus "filhos" (os brasileiros) como qualquer mãe.

• Fulguras - fulgurante (reluzente, brilhante).

• Florão - "Florão" é um ornato em forma de flor usado nas abóbadas de construções grandiosas. O Brasil seria o ponto mais importante e vistoso da América.

• Garrida - Enfeitada. Que chama a atenção pela beleza.

• Lábaro - Sinônimo de bandeira. "Lábaro" era um antigo estandarte usado pelos romanos.

• Clava forte - Clava é um grande porrete, usado no combate corpo-a-corpo. No verso, significa mobilizar um exército, entrar em guerra.


FONTE:


POSTADO POR: Zezinho Manganga

http://portalcajuina.blogspot.com/

EM: 22/02/2011 as 19:10




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